História do município

Publicada em: 29/04/2025 12:00

Emancipada em 18 de dezembro de 1933, Ribeirópolis antes era chamada de Saco do Ribeiro. Um pequeno lugarejo que pertencia à Vila de Itabaiana, hoje cidade. Segundo consta em alguns escritos da época, a povoação deu-se pelo fato de aumentar cada vez mais a comercialização na feira livre, ou seja, o comércio informal. Essa foi a razão maior pela qual vários habitantes chegaram a elevar tal lugar à categoria de cidade.

Segundo o historiador Felisberto Freire, Saco do Ribeiro tem esse nome vindo de Ribeiro, a qual este se estabeleceu lá em 1637 a fim de criar gado.

igreja também foi uma construção que recebeu ajuda dos moradores. Sendo construída muito aos poucos por vários pedreiros inclusive um conhecido como Pedro Magro que segundo consta veio das bandas de Maruim e que tinha como servente Otoniel Revoredo do Nascimento, mais conhecido como o sacristão da época (pois ajudava na missa) o qual mais tarde veio a se casar com a cantora da mesma igreja a Sra. Josefa Santana de Jesus, conhecida como Zefa de Soledade.

Ele era filho de Nanan costureira e ela a filha caçula de Manoel Maroto. Segundo Otoniel, após o dia de trabalho ao anoitecer mergulhava os "cipós" em água para não ressecar e quebrar, para então no outro dia amarrar os andaimes da construção da torre, visto que era assim que se faziam as amarras dos andaimes. Nessa mesma Igreja do Sagrado Coração de Jesus em 07 de maio de 1950, Zefa e Otoniel trocaram alianças de noivos para casados, em 1975 trocaram novamente para as Bodas de Prata e no ano 2000, para Bodas de ouro. Já em 2010, fizeram as Bodas de Diamante, não conseguindo completar as bodas de Mercúrio aos 69 anos, visto que, faltavam apenas dois meses e meio.

Veio o século XXI e no dia 14 de fevereiro de 2016, aos 90 anos o então sacristão Otoniel de Nanan, após 69 anos de convivência com a sua cantora predileta, deixa essa vida para entrar na eternidade. E nove meses depois a Zefa "Boazinha" também deixa esse mundo para ir viver junto ao seu amor maior em outra dimensão, deixando aqui uma história de vida simples, mas verdadeira, feliz e muito bonita. E assim a nossa Ribeirópolis segue fazendo e contando histórias de seus habitantes.